Citroën pode ser a primeira a adotar a arquitetura bio-hybrid no Brasi

Citroën pode ser a primeira a adotar a arquitetura bio-hybrid no Brasil

Data da postagem: 28/09/2023

Citroën pode ser a primeira a adotar a arquitetura bio-hybrid no Brasil

A Stellantis, gigante do setor automotivo, anunciou recentemente um investimento massivo de R$ 2,5 bilhões em sua fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro, que inclui o desenvolvimento de uma variante da plataforma global CMP. A grande notícia é que a Citroën pode se tornar a pioneira ao adotar a inovadora arquitetura Bio-Hybrid no Brasil.


Durante um encontro entre o CEO da Stellantis América do Sul, Antonio Filosa, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, foi confirmado o compromisso de investir bilhões até 2025. 


Desse montante, R$ 330 milhões foram destinados ao desenvolvimento da mencionada plataforma, que tem origens na antiga PSA Peugeot Citroën.


A plataforma CMP representa um marco importante, pois permitirá que o Polo Automotivo Stellantis de Porto Real produza veículos híbridos, adotando a tecnologia Bio-Hybrid recentemente anunciada. 


Esta inovadora arquitetura combina três níveis de eletrificação diferentes com motores a combustão que utilizam gasolina e etanol, representando a parte "Bio" do projeto. Citroën e Fiat estão na linha de frente para receberem o sistema Bio-Hybrid de entrada MHEV (híbrido leve).


O MHEV é uma aplicação eficiente em termos de custos, proporcionando uma economia de cerca de 10% no consumo de combustível, ao mesmo tempo em que contribui significativamente para a redução das emissões no momento da partida do motor.


No Brasil, a Citroën já fabrica com sucesso modelos como o Novo C3 e o SUV C4 Cactus em sua unidade de Porto Real. Durante o encontro, Antonio Filosa e Cláudio Castro posaram ao lado de um C3 Aircross, que será o próximo lançamento da marca francesa no país.


A plataforma CMP é altamente flexível, permitindo que os engenheiros a utilizem em uma variedade de modelos das diversas marcas sob o guarda-chuva da Stellantis. Além disso, ela é compatível com motorizações térmicas, híbridas e elétricas, tornando-a uma escolha versátil.


Enquanto as variantes mais avançadas da tecnologia Bio-Hybrid, como o Bio-Hybrid DCT e o Bio-Hybrid Plug-in, devem equipar modelos de marcas premium, como Jeep e Peugeot, as chances de a Citroën ser a primeira a adotar essa tecnologia são promissoras.


Após décadas de posicionamento no mercado brasileiro, a Citroën agora busca inovação e acessibilidade. Isso se reflete no lançamento do pequeno Ami, um veículo 100% elétrico destinado inicialmente a locais fechados devido às regulamentações locais.


A Stellantis planeja lançar um veículo elétrico nacional até a segunda metade da década, mas ele não será da Citroën; será um modelo da Jeep ou Peugeot.


A tecnologia Bio-Hybrid é flexível e pode equipar diversos modelos produzidos pela Stellantis em suas três plantas no Brasil, alinhando-se à estratégia multirregional da empresa.


O desenvolvimento dessas tecnologias de hibridização reflete o compromisso de longo prazo da Stellantis com a descarbonização de seus processos e produtos, com a meta de reduzir as emissões em 50% até 2030, de acordo com o plano estratégico Dare Forward 2030 da empresa. Com esses avanços, o futuro da mobilidade no Brasil promete ser mais eficiente e sustentável do que nunca.

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